Vai como? De carrinha... as palavras do universo quatro rodas

Portugal é um país pequeno. Tem pouco mais de 92 mil km². Se compararmos com a extensão do Brasil, mesmo menor, chega próximo do estado de Pernambuco (98 mil km²), de acordo com informação publicada na revista Galileu/Editora Globo. Então, quem está de carro percorre facilmente o país de norte a sul em poucos dias. E alugar um carro para conhecer o país é, sim, uma boa opção. Só não é em Lisboa. Conhecida como a cidade das sete colinas, além de longas subidas e descidas, e muitos becos, os deslocamentos pela capital portuguesa são bem mais simples e fáceis de transporte público (métro, elétrico e/ou autocarro), táxi, tuc-tuc ou uber. Um dos maiores problemas de qualquer capital, e Lisboa não foge à regra, é estacionamento nas regiões mais centrais da cidade. Por isso, o carro em determinados momentos e lugares pode se tornar uma chatice - e até um problema se estacionar em local proibido.
De volta às estradas, elas geralmente são bem conservadas e há muita beleza para curtir no caminho - como as vinhas (plantações de uvas), os sobreiros (as árvores que produzem a cortiça), os pinheiros, entre outras plantações, montanhas, praias, rios e vales. Tanto o litoral quanto o interior do país tem seus encantos. Mas antes de acelerar por aí, vale a pena se familiarizar com algumas pequenas diferenças desse nosso léxico lusófono. São elas:


carrinha (foto - Classe C Station da Mercedes) = a famosa perua, mas também pode ser van, caminhonete/pick up, furgão - ou seja, carro que tenha carroceria avantajada, aberta ou fechada
portagem = pedágio
gasolineira = posto de combustível (e geralmente é self service)
gasóleo = o óleo diesel usado em carros de passeio por aqui - e bem mais barato que a gasolina, mas geralmente o aluguel do carro pode ser mais caro. Mesmo assim compensa optar pelo gasóleo
bagageira = porta-malas
berma - acostamento
paragem = ponto de ônibus (autocarro, como já mencionei em outro texto)
E mais: aqui eles dizem aluguer e não aluguel como no Brasil, onde aluguer é coisa de caipira (ou talvez tenha começado com os descendentes de portugueses), ou seja, quem trabalha no campo, onde o ERRE no lugar do ELE é falado em muitas palavras. Nesse caso, porém, pelo menos em Portugal, estaria correto.  

E fica a dica: mesmo que a lei de trânsito no Brasil seja a mesma, mas raramente seguida, aqui o risco de ser multado ao trafegar pela faixa da esquerda na autoestrada é maior. Portanto, ultrapassou, mantenha-se sempre na faixa da direita. 








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